sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Garota de Prata

Garota de Prata
Jonas Caeiro




Fiz escrever encantadora calunias,
Sobre o gramado em cama,
Em dez metros de alcance,
Em poucos minutos depois.

Não posso almoçar mais hoje,
Sem perder outro dia deitado,
Na inquietação de minhas lembranças,
Levando teus contos mentirosos.

Preciso apreciar esta paróquia,
Pousada em cada fábula,
No esconderijo enterrado,
No calabouço desta intimidade.

Converso com meu medo,
Pra não perder antipatia,
Manifestando essa doença amarela,
Que pega sem apertar as tuas mãos.

Confirmo no louco jardim,
Abraçando a garota de prata,
Que acordar meu insano safado,
Invés de acreditar em lendas.

Meu sangue você suga sem deixar,
Esta vida na melhor segundo dada,
Mergulhando em sonhos de ontem,
Nem mesmo mostrando os gritos.

Não visto esse maldito preto,
Em meu corpo estragado em tragédia,
Sendo apanhando pelas as cinzas,
Que na febre encontra a época.

Estava assentado sobre a lápide,
Lendo este escrito bem claramente,
Achando tão fascinante as falas,
Bem apontada pelos os loucos varridos.

Por que você não vê?
Eu sei que possa tocar em mim,
Com tuas mãos ordinárias,
Que nem querem alcançar minha face.

Sei da tua armadilha em depressão,
Vivendo sempre doente em mente,
Que nunca sai da infeliz calma,
Sobrevivendo com migalhas de ratos.

Você é insolente demais,
Pra saber amar com tuas mentiras,
Na tua armadilha de palha,
Que o fogo some em movimento de vento,
Caindo no esquecimento do ódio.



ESCRITO POR: JONAS CAEIRO